Exposta a imoralidade
dos argumentos que sustentam o parasitismo social dos banqueiros, o capitalismo vai enfrentar seu próprio monstro moral. Basta registrar o testemunho (histórico) dado pelo editorial do jornal folha de São Paulo hoje publicado. Segundo o qual, grifos acrescentados... “o cinismo e insensibilidade dos banqueiros ouvidos na comissão colocam lenha na fogueira. Um deles disse que precisava pagar bônus milionários a executivos porque assim é a vida, e a concorrência, em Wall Street. Outro pôs-se a dar lições sobre "o mercado" ao presidente da comissão. Um terceiro afirmou que taxar bancos, a fim de compensar o estrago dos resgates nas contas públicas, iria na verdade prejudicar o cidadão".
Ora! Se esses senhores nada mais tem a dizer - assim como teria aqui entre nós teriam por obrigação o presidente do Banco do Brasil ou o Sr. Henrique Meireles para pelo menos contestá-los como até agora fez e faz Bastião Bento, seja pois o presente artigo (transformado em carta aberta ao presidente Lula e ao Sr. Barak Obama) intento em contribuir objetivamente e, como aula inicial, agora a ser ministrada pelo Instituto para Desenvolvimento da Engenharia Econômica Histórica e Ambiental e demais institutos de economia no contexto de carta aberta à UNICAMP (Reitoria, Nov. 2004), assim como pelo próprio IFET-Sul de Minas Gerais - atividades de extensão - como entidade agregada e revisora de procedimentos e normas técnicas - para compor processo de revisão profunda do sistema bancário (ao qual aqui no Brasil Bastião Bento questiona em juízo e fora dele o próprio Banco do Brasil). como exemplo do desvirtuamento do sistema bancário brasileiro, para isso e com a contribuição da iniciativa monumental do governo americano ao responsabilizar os causadores da crise, anota-se, o presidente Barack Obama acertou o ponto.
Para começar o entendimento da questão, seguindo a revisão a ser intentada, transcreve-se na íntegra o editorial do jornal (FSP – 15/10/2009) ao título abaixo ao qual se acrescentou o complemento (abaixo) colocado entre parêntesis.
Eis o editorial na íntegra:
( editoriais@uol.com.br )
Ajuste de contas (com os parasitas sociais)
“Com taxa sobre bancos e inquérito no Congresso, EUA se põem a identificar causas e responsabilizar atores da crise financeira”.
“DESDE quarta-feira está em marcha nos EUA, com o propósito de apurar as causas da debacle econômica deflagrada em setembro de 2008, a chamada Comissão de Inquérito sobre a Crise Financeira. A iniciativa insere-se na elogiável tradição do Congresso americano de investigar em profundidade temas de grande repercussão nacional”.
“Com o poder especial de ordenar a apresentação de documentos e testemunhas, esta comissão tem a peculiaridade de ser inteiramente composta por pessoas de fora do Congresso e do governo. A maioria dos dez membros tem passagem pelo mundo dos negócios, seja em grandes empresas, seja no mercado financeiro, seja em órgãos públicos de regulação ou assessoria”.
“A estreia das audiências da comissão despertaria naturalmente a atenção do público, até porque a economia local parece longe de recuperar-se da queda. Para a sessão inaugural foram convocados dirigentes de quatro dos principais bancos do país -socorridos pelo governo-, no momento em que o setor bancário está prestes a divulgar lucros extraordinários no final de 2009, além da volta dos bônus milionários para seus executivos.
Não é de estranhar, nesse contexto, o retorno da indignação, na opinião pública, contra aqueles que, no auge da crise, eram chamados de "os gatos gordos de Wall Street".
“Tampouco surpreende que o Congresso dos EUA seja a caixa de ressonância dessa insatisfação -falou-se em proibir o pagamento de bônus ou em taxar violentamente a prática, como fez o governo britânico. Em novembro, os eleitores renovarão os mandatos de toda a Câmara, bem como os de 36% do Senado. Banqueiros refestelando-se após a ajuda oficial, enquanto o desemprego campeia no país, serão um tema quente na campanha”.
“Demonstrações de cinismo e insensibilidade dos banqueiros ouvidos na comissão colocam lenha na fogueira. Um deles disse que precisava pagar bônus milionários a executivos porque assim é a vida, e a concorrência, em Wall Street. Outro pôs-se a dar lições sobre "o mercado" ao presidente da comissão. Um terceiro afirmou que taxar bancos, a fim de compensar o estrago dos resgates nas contas públicas, iria na verdade prejudicar o cidadão”.
“O presidente Barack Obama, instado pelo clima político a tomar medidas contra o setor financeiro, anunciou ontem um novo imposto sobre os bancos. Cerca de 50 das maiores instituições do país recolherão aos cofres públicos, durante uma década, US$ 90 bilhões -a título de compensar os contribuintes pelo crédito de US$ 700 bilhões posto à disposição dos bancos, programa que registra prejuízo, para o erário, de quase US$ 120 bilhões”.
“Os Estados Unidos, na política e na economia, começam a fazer o ajuste de contas com os responsáveis pela crise”.
E daqui de Inconfidentes Bastião Bento, enquanto espera melhor resposta do Banco do Brasil S.A. mandou um abraço pro Barack Obama, verdadeiramente, "O Cara".